terça-feira, 26 de novembro de 2019

Ford vs Ferrari – Uma visão Humanista da história.



Acabo de sair da sessão desse clássico instantâneo, creio que posso arriscar. Apesar de ter lido boas críticas à respeito, ainda assim me surpreendi, com bom trabalho de pesquisa o filme trata a história utilizando um bom repertório, seja automotivo, seja sobre o contexto dos acontecimentos à época. Filmes americanos comerciais que se aventuram no universo automobilístico muitas vezes pecam por falta de informação e detalhes, este sem dúvida não é o caso. Houve licença poética para tratar passagens como as tratativas de venda da Ferrari para a Fiat como tendo acontecido ao mesmo tempo em que recebiam a proposta de Henry Ford II, por exemplo. Apesar dessa e algumas outras alegorias, tudo de importante inclusive tecnicamente, foi tratado.

A atuação de Christian Bale como Ken Miles é deslumbrante, se o filme já procura explorar a história pelo lado pessoal de quem a protagonizou, Carroll Shelby e Ken Miles, o desempenho de Bale faz a balança pender ainda mais para o seu lado. Desde o sotaque britânico até o estudo de trejeitos pessoais, passando pelo grau de interação homem/máquina que transmite, fazem desse papel um dos pontos altos da carreira do renomado ator. Se algum dia o piloto não teve o reconhecimento que merecia, não será mais assim após esse filme.

Com algumas cenas cuidadosamente desenvolvidas por computação gráfica, as ambientações, carros e cenas de corrida são impressionantes. A fotografia do filme como um todo é muito bem cuidada, uma cena no entanto ficará registrada na memória como símbolo do sonho e obstinação de um piloto: