segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Fatos Marcantes de 2012 - Autoclásica - Tradición y Cultura Automovilística


Em meio a tantos fatos automotivos em que estive presente no ano de 2012, alguns deles ainda a serem relatados aqui (não o fiz antes por pura falta de tempo), sem dúvida o mais marcante foi a visita à Autoclássica 2012, famoso evento argentino de repercussão mundial no meio antigomobilista.

Organizado pelo Club de Automoviles Clasicos do país, há tempos planejava essa viagem. Não creio poder fazer comparações com outros eventos, poius trata-se de uma conjunção de fatores muito complexa, cultural de cada região que define e determina o grau de complexidade de uma exposição dessas. Acho que no Brasil, estamos amadurecendo muito e rápido no meio antigomobilista, Araxá, Lindóia e porque não o Salão Internacional de Veículos Antigos de SP, vem demonstrando isso. Contudo, muito ainda há de se descobrir de nós mesmos, de certa forma podemos dizer que nosso acervo também é rico porém menos explorado no chamado antigomobilismo ativo, aquele que põe em prática o usofruto do automóvel, aspecto que é a primazia e essência dos movimentos platinos.

Realizado de 5 a 8 de Outubro no belíssimo Hipódromo de San Izidro, que sobretudo é um parque no município de mesmo nome, contido no perímetro da grande Buenos Aires, distante pouco mais de 25 Km de seu centro. Uma boa pedida para fazer o traslado é seguir pela Av. Cabildo sentido norte e continuar pela mesma rota que muda de nome para Av. Maipú e posteriormente Av. Santa Fé, seja via automóvel, ônibus ou utilizando o famoso e turístico Tren de la Costa, que margeia o Rio de la Plata em abastado subúrbio portenho. Além do clube supracitado, os clubes de marcas específicas, a prefeitura, o ministério do turismo e demais patrocinadores ajudam a estruturar o evento a moldes internacionais, sendo que metade de sua renda é destinada a igreja local que realiza obras de caridade.


 
 
Nem o clima de chuva intermitente e tão pouco os campos e gramados semi alagados intimidaram os expositores que encheram todas as áreas pré determinadas, calçando suas galochas e tendo cuidados adicionais é verdade.
Chegando lá, logo vi que pelo tamanho e riqueza de modelos e detalhes da exposição, os 2 dias que reservei para sua visita seriam o mínimo para poder apreciá-la sem passar batido por nada. Suas largas ruas repletas de aprazíveis Álamos centenários vão em seus interstícios presenteando-nos com alas cuidadosamente dedicadas a categorias, épocas e clubes regionais.
A cada edição, escolhem-se destaques, principal e secundários como tema da exposição, fazendo homenagem a nomes importantes do automobilismo ou comemorando datas, sendo assim há sempre uma aura de novidade e que faz de cada evento uma experiência única.

 
Este ano o principal homenageado foi José Froilán González, pelo Ferrari Club Argentino que reuniu exemplares de alta estirpe para também fazer menção aos 65 anos da marca italiana.



 
Houve também a comemoração pelos 110 anos da Cadillac, presente com alguns modelos dos
primórdios do luxo automotivo americano e os posteriores suntuosos rabos de peixe.
 

Sem dúvida um destaque, fora a organização do evento, a quantidade e riqueza dos automóveis da era Vintage foi espantosa, com excepcionais restaurações e alguns imaculados desde sua origem.



 
No espaço dedicado as motos, logo na entrada, a Howard Raymond Davies, grande fabricante britânica dos 1920, era o foco da vez, mas confesso que mal mirava os fascinantes detalhes de um modelo e o seguinte já me prendia a atenção de tal forma que em certo momento percebi que passei quase 3 horas me detendo apenas ao riquíssimo acervo lá reunido.
 
 
Sejam inglesas,
 

Italianas e Ítalo-Argentinas,
 

Alemãs,
 

Americanas,
 
 
Francesas,
 

 
                                                             
 Japonesas,
 

e Argentinas.
 

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