Um dos melhores documentários de F1 que já assisti, mais do que a passagem de Gilles Villeneuve pela categoria, uma rica abordagem sobre o tema desde meados dos anos 1970 até início dos anos 80. Com toda dramaticidade imposta pelas condições da época aonde a potência dos carros era absurda mas a integridade dos mesmos em caso de acidente quase nula. Muitas vidas perdidas num cenário que foi boa parte do início de desenvolvimento das células de sobrevivência e mais segurança nos autódromos para as gerações futuras.
Gilles, desde suas conquistas de Snow Mobile no Canadá, sua chegada à F1, para a difícil missão de substituir Lauda, a desastrosa primeira temporada, incluindo o terrível acidente que se envolvera, até o ultimato do GP do Canadá, onde teria que vencer sob pena de ter seu contrato com a Ferrari findado...mas daí ele vence.
Em 1979 uma sequência de vitórias aliada a excelente relação com seu companheiro de esquadra, Jody Scheckter, faz florescer o que parecia um campeonato ganho. No entanto, sua impetuosidade, segundo ele próprio, vontade de ganhar cada corrida a qualquer custo sem qualquer pensamento estratégico aliado a uma direção espetecular, quase malabarista, como jamais vista, fazem os planos ruírem. Na realidade, ele pilotava acima do limite da máquina, sempre exigindo mais e mais, quando o limite era extrapolado, continuava correndo com aquilo que restava do carro, tantas e tantas vezes despedaçado. Eternizado ficaria seu duelo com Renè Arnoux em Paul Ricard aonde volta a volta se superavam mutuamente sob condições extremas.
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